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Apesar do MP se manifestar contrário ao Jogo do Bicho, contraventores prosperam e botam banca em Bayeux

A matéria sobre o Jogo do Bicho na Paraíba teve ampla repercussão e muitos estranharam a omissão do Ministério Público que, depois de algumas investidas recuou e não mais se pronunciou sobre a ousadia dos barões da contravenção, agindo livre e ostensivamente com estabelecimentos funcionando, às escâncaras, como se legalizados fossem.

Esse bota banca mesmo

A matéria abordou a atuação de um dos mais ousados barões da contravenção, Zezito da Banca, estabelecido em Bayeux em via pública de importância e visibilidade para qualquer comércio legal, presidente de uma federação que reúne a nata do Jogo do Bicho, e amealha uma fábula em dinheiro sem qualquer fiscalização das autoridades tributárias.

Oswaldinho, vereador e presidente da Câmara de Arapongas (PR), não teve a mesma sorte de Zezito e continua preso, agora por determinação do presidente do STJ, ministro Humberto Martins, que ignorou toda argumentação da defesa do contraventor e manteve sua prisão, enquanto o seu clone na Paraíba desfruta de tranquilidade para mover seus negócios em estabelecimento que funciona a luz do dia em uma das principais avenidas de Bayeux.

Não é de hoje que o Jogo do Bicho sofre represálias esporádicas das autoridades, mas parece que as ações são movidas por dois pesos e duas medidas ao se levar em conta o noticiário.

Para o promotor do Gaeco o Jogo do Bicho não traz benefício

Em 2015, por exemplo, uma ação policial em Coremas, sertão da Paraíba, prendeu quatro pessoas por envolvimento com o Jogo do Bicho e todo material empregado na atividade apreendido e entregue as autoridades competentes.

No mesmo ano, o procurador chefe do Gaeco, Otávio Paulo Neto, deu declarações defendendo a repressão ao Jogo do Bicho.

“Para o promotor Octávio Paulo Neto o argumento de que a legalização dos jogos e apostas geraria oportunidades de emprego e renda e aumento na arrecadação fiscal para o governo são infundados.

E prosseguia : “Tais argumentos são vazios, já que inúmeras atividades ilícitas geram infindáveis postos de empregos informais, bem assim vultosos ativos, como o tráfico de drogas. Entretanto, a discussão não deveria estar centrada na legalização dos jogos de azar, mas sim sobre o processo de ‘branqueamento de capitais’ (lavagem de dinheiro), que a cada dia vem se tornando cada vez mais eficaz e que não é exclusividade deste segmento”, frisou.

“Enquanto não existir em nosso país instituições fortes e independentes para coibir condutas ilícitas de forma eficaz, todas as atividades podem servir a interesses criminosos, desde uma simples padaria até um grande cassino”. Promotor Octávio Paulo Neto.

“O promotor lembrou ainda que, no caso da Paraíba, o MPPB e o Ministério Público Federal já obtiveram decisões favoráveis ao combate da prática de jogos de azar no Estado através de ações civis públicas. Contudo, ele acredita que não haja por parte do estado uma ação mais efetiva para a conscientização da população sobre a ilegalidade desses jogos “.

Passados quase seis anos dessas declarações do promotor, parece que as instituições ainda não conseguiram se fortalecer e o jogo do bicho continua serelepe na Paraíba; e gente como Zezito palitando os dentes, botando banca e desafiando quem tem coragem de fechar a sua, que oferece mais de 1000 empregos de subsistência à pobreza de Bayeux.

Não se sabe que tipo de acordo foi firmado entre a contravenção e as autoridades, ou se existe alguma acordo firmado, para que banqueiros do Jogo do Bicho sejam tão ousados e atrevidos.

Sabe-se que galgaram status, assumiram cargos e mandatos. Se em 98 chegavam perto de ser um clube de serviço – como o Lions e outras entidades do gênero – como vangloriou-se o então presidente da Para Todos, José Gomes de Lima, agora esnobam poder e influência ao ocuparem cadeiras na Assembleia e cargos de primeiro escalão no Governo.

Zezito anda prosa e confiante na sua crescente representação parlamentar na Câmara e na Assembleia Legislativa onde honoráveis cidadãos estão lá para garantir que a contravenção não seja incomodada por gente desavisada como essa que integra o MP.

Vez em quando para quebrar a rotina, o MP faz umas incursõezinhas para a coisa não ficar tão ostensiva, já que a Paraíba não é o Paraná, onde bicheiro vai para a cadeia tenha ou não mandato.

Os mafiosos também fizeram assim em Chicago e nomearam até o bispo

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