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Acordo de delação premiada de Ivan pode provocar um pandemônio no esquema socialista

O que já era esperado com ansiedade e pavor acaba de ser confirmado pelo noticiário: o ex-secretário Executivo de Turismo, Ivan Burity, estaria negociando um acordo de delação premiada que pode encerrar sua estadia na cadeia abrindo espaço para aquela patota que cruza os dedos ainda fora dos muros da prisão.

Ivan pode explicar a participação da Casa Militar no esquema de desvio de dinheiro público

A delação de Ivan pode incomodar e aterrorizar muito mais os vivos do que a do servidor Leandro Azevedo. Leandro depositou nas costas de quem já se foi para além do alcance da Justiça dos homens o peso da responsabilidade pelos assaltos aos cofres públicos.

Leandro Azevedo complicou a vida de Ivan e de quem já morreu e deve ter sido por orientação de advogados, mas, mesmo assim, seletivamente, a sua delação sinalizou para o envolvimento de setores do Governo que continuam em plena atividade, intocáveis e blindados a todo e qualquer arsenal de denúncias, camuflados de auxiliares diligentes, como tem sido a tônica desde os tempos de Cássio Cunha Lima.

Ivan pode esclarecer se havia mais alguém da Casa Militar ou da PM integrando o esquema de cobertura do dinheiro da propina

Dos mortos, o que mais pode assombrar, sem sombra de dúvida, seria o coronel Chaves, encarregado de escoltar Ivan até a casa do também falecido Rômulo Gouveia à época dos acontecimentos ainda vice de Ricardo Coutinho a quem abandonou depois de botar no bolso o dinheiro da propina e conseguir sua reeleição para deputado federal, um golpe de capoeira no Mago que o simpático Gordo aprendeu na escola política onde se formou e agora se sabe que não morreu a toa se não estaria fazendo companhia a Ivan e seria o primeiro dos portadores de mandato a conhecer a hospitalidade do Estado.

Do relato de Leandro ficou claro que Ivan retirou trezentos mil para ele e não se sabe se a “escolta oficial” teria sido contemplada e recompensada pelos serviços prestados ou se não lhe coube nenhum centavo, o que causa estranheza na caserna, onde ninguém aposta que o coronel voltou de mãos abanando de uma missão tão rentável.

Essa participação da Casa Militar no esquema de sangrar os cofres públicos ainda não foi devidamente esclarecida e deve fazer parte do acordo de delação de Ivan confirmando ou desmentindo a versão de Leandro ou acrescentando novas revelações, que é o que a Justiça espera para homologar o acordo.

Anderson substituiu Chaves na Casa Militar e acompanha RC desde os tempos da Prefeitura

É estranho que uma revelação tão grave como a participação de um secretário da área militar no esquema de desvio de dinheiro público não tenha tido maiores implicações, e tudo continuou como se nada tivesse acontecido e a mesma estrutura permanece numa demonstração de imprevidência que estarrece a opinião pública.

Não se pode admitir que o chefe de um setor estratégico envolvido em corrupção seja o único a participar da atividade criminosa. A Casa Militar é uma extensão da Polícia Militar com atribuições constitucionais definidas de dar proteção e apoio logístico ao Governador do Estado, mas sempre uma extensão da corporação cujo comandante é o comandante geral a quem todo e qualquer integrante da instituição deve obediência e subordinação.

Trocando em miúdos, a Casa Militar é um braço da instituição Polícia Militar dentro do Governo com a missão de proteger o governador e a família fazendo a guarda do Palácio e da residência oficial, o que torna mais grave ainda a participação do Chefe morto e apontado como membro ativo da organização acusada de desviar mais de 1 bilhão da Saúde e da Educação.

Rômulo e Chaves (C) se vivos fossem podiam estar fazendo companhia a Ivan

E volta a velha e aborrecida pergunta: teria se encerrado com a morte do coronel Chaves a participação da Casa Militar nesse esquema de sangria do erário ou teve continuidade e se teve com quem continuou a missão de dar cobertura a entrega dos recursos provenientes do esquema de corrupção existente no interior da gestão de Ricardo Coutinho.

Ivan deve abrir o leque de implicações e muita gente está cruzando os dedos dormindo à base de soníferos para suportar a ansiedade sobre o que vai falar ou não o ex-secretário Executivo de Turismo, o homem que idealizou e conduziu um projeto mirabolante pela Costa De Conde, aonde investimentos estrangeiros, milionários, prometiam o céu na terra.

Ivan sonhava trazer para Tambaba todas as paixões que destruíram Sodoma e Gomorra

Nos projetos ambiciosos de Ivan, Tambaba seria o santuário do naturismo universal e a praia preparada para se tornar a primeira particular no Brasil, onde um grupo de desvairados já arrotava a propriedade de uma área de mais de 200 hectares, destinada as mais tórridas emoções de Sodoma e Gomorra em solo paraibano, um delírio que só a mente excitada do esfuziante Ivan poderia conceber.

Prevenção

Caso proceda a notícia do acordo de delação premiada seria bom a Justiça reforçar a segurança do ex-secretário porque ele já passou mal dentro do presídio como consequência de sua dependência a drogas.

Ivan precisa de proteção especial da Justiça para fazer sua delação sem correr riscos

Ivan é um preso de alto risco e tem que ser protegido para que nada lhe aconteça antes de fechar o acordo de delação em curso como foi noticiado na mídia.

Sua contribuição espontânea pode ampliar o leque das investigações, até agora restritas aos protagonistas de menor periculosidade e, obviamente a presença de um fardado de alta patente, participando das ações criminosas, retira dos civis a exclusividade na composição do esquema responsável pelo rombo de mais de 1 bilhão dos cofres públicos.

Ivan, o Terrível, vai tirar o sono de muita gente, terrível, com sua disposição de colaborar com a Justiça.

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