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Julian Lemos destinou para a Segurança Pública, em 10 meses de mandato, o que a bancada federal não fez em oito anos de Ricardo

Não seria apenas o deputado Grevásio Maia que manifestou apreensão e hostilidade aos rodeios do colega bolsonarista Julian Lemos ao governo de João Azevedo. Insinuações veladas de hostilidades também foram captadas na reunião entre Lemos e a cúpula da Segurança Pública numa reprodução daquilo que brota no seio da ala socialista, orientada pelo ex-governador Ricardo Coutinho, indócil com os sinais de aproximação institucional do seu sucessor ao Governo Federal e a cada dia mais distante das determinações estabelecidas para preservar a política de continuidade, sem interrupção da autoridade destituída pelo voto popular.

Coronel teria dito não acreditar na liberação das emendas impositivas de Julian Lemos durante reunião

Da mesma forma que Gervásio escoiceou as relações, ainda prematuras, de entendimento institucional com qualquer coisa que signifique Jair Bolsonaro por parte do governador João Azevedo, integrantes da cúpula da Segurança também fizeram questão de mostrar que não viam com bons olhos a presença do deputado no interior do aparelho policial mesmo que trazendo recursos na ordem de quase R$ 20 milhões.

Para quem assistiu e presenciou a reunião entre Julian Lemos e as autoridades que compõem o sistema de segurança paraibano houve momentos de tensão e calafrios, quando os recursos prometidos foram desacreditados.

Em gesto de descrença, e até com resquícios de deboche, o comandante da Polícia Militar, coronel Euller, um dos mais fieis seguidores de Ricardo Coutinho e um dos ex-auxiliares que ainda goza de sua total confiança pelas intrincadas relações, disse não acreditar na liberação dos recursos provenientes de emendas impositivas; e para reforçar a descrença nas boas intenções de Lemos, fez uma revelação, no mínimo estarrecedora, que coloca numa saia justa a bancada federal da Paraíba.

Lemos enfrentou um clima de desconfiança na reunião com integrantes da Segurança Pública

Reiterando sua descrença na atividade parlamentar do deputado do PSL, Euller afirmou que nos mais de oito anos que comanda a Polícia recebeu de emenda parlamentar apenas R$ 250.000,00, o que demonstraria a falta de compromisso dos deputados paraibanos com a Segurança Pública ou a sua falta de prestígio junto à classe política.

Pela declaração do coronel fica evidente o pouco interesse da bancada federal aos muitos problemas que o setor enfrenta sendo o de pior desempenho, apesar de toda maquiagem para dar a impressão de êxito nesses longos e estagnados oito anos.

Julian traz para o Governo o que toda bancada federal não conseguiu em oito anos de Governo petista

A revelação do comandante não teria sido apenas um gesto de obediência aos ditames de Ricardo, que quer a Paraíba distante de Jair Bolsonaro – mesmo o capitão tendo desempenho surpreendente nos maiores colégios eleitorais do estado, elegendo principiantes, como Julian Lemos, Moacir Rodrigues e o Cabo Gilberto -, mas também uma crítica áspera à atuação da classe política, acusada de dar pouco ou nenhum valor à Segurança Pública, o que poderia explicar o desastre que se abateu sobre a pasta da qual o coronel é um dos destaques.

Se a bancada aliada deu pouco valor ou valor nenhum a Segurança destinando em mais de oito anos, apenas 1/4 de milhão em emendas parlamentares, porque se acreditar em um deputado de oposição, cujo governo tem se mostrado arredio e até hostil com o Estado, seria essa a dúvida do comandante baseada na amarga experiência com os santos de casa, e que ele teria externado no encontro com Julian Lemos.

Jean Francisco teria se esforçado para desanuviar o clima tenso da reunião

Nesse clima de dúvidas e incertezas, de hostilidade velada e indefinições sobre como se processará a divisão dos recursos aparentemente já destinados para algumas empresas, o que teria irritado alguns membros da Segurança; aconteceu à reunião, que tanto mexeu com os nervos de figuras de proa do esquema político de Ricardo ainda vivo e muito vivo no interior da gestão de João Azevedo a colocar tramelas que nem o próprio governador se mostra capaz de remover.

Como resultado e saldo da turbulenta reunião fica a revelação estarrecedora do comandante da policia sobre a ineficiência da bancada federal absolutamente alheia aos problemas cruciais do estado já que, em oito anos destinou apenas R$ 250.000,00, o que faz de Julian Lemos um recordista ao trazer para o Estado quase R$ 20 milhões, que serão rateados entre os organismos que compõem o aparelho de Segurança, resgatando o prestígio do coronel, que se não seguisse a orientação de Ricardo devia estar aplaudindo a iniciativa do deputado bolsonarista.

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