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João sai do PSB em busca do tempo perdido; governador participa de solenidade militar e clima polar congela as relações na Segurança Pública

Depois da tempestuosa convivência e de relutar por demasia para fazer o que tinha de ser feito o governador João Azevedo terminou por anunciar sua saída do PSB, um ninho de urtigas no qual se debateu por longos 12 meses convivendo com o que vinha sendo denunciado aqui desse espaço reiteradas vezes: sabotagens e boicotes e também espionagem interna onde nem as esposas foram poupadas.

Clima polar invadiu o centro de JP na solenidade de apresentação de novos policiais

João ainda reluta em exonerar auxiliares de Governo que, apegados a salários, funções e outros interesses nada republicanos, fazem cara de paisagem e permanecem nos cargos, obedecendo a interesses superiores ou pessoais, transformando a máquina administrativa em instrumento de promoção pessoal e invariavelmente de enriquecimento ilícito como sinalizam as muitas denúncias e os muitos processos e os misteriosos dossiês dos quais são alvos, afrontando a probidade e os bons costumes com tal desfaçatez que causa indignação e estarrecimento.

Não basta apenas João sair do PSB – ele tem que se livrar do PSB, hoje uma sigla estigmatizada pela marca da corrupção desenfreada e cujos efeitos danosos à imagem de sua gestão pode ser medidos pelos desdobramentos das investigações policiais, a cada fase expondo o tamanho da infiltração no Governo do Estado.

A carapuça que o governador lançou sobre sabotagem e boicote cabe na cabeça de muita gente

Sabotagem, boicote e espionagem têm sido ingredientes que nunca faltaram na receita de muitos dos auxiliares do Governo de Ricardo Coutinho transferidos de presente para gestão atual e que permaneceram recorrendo à velha fórmula para garantirem espaços e prestígio principalmente depois que o racha estabeleceu-se dentro da legenda e os serviços solertes dessa combinação abominável, passou ter uma importância vital, porque desvendada a intimidade do Governo de João, entregue de bandeja ao superior interesse, aquele denunciado na carta divulgada pelo governador.

Por quase 12 meses, João conviveu com essas figuras dissimuladas, de caráter duvidoso, e até asqueroso, capazes de tudo para não se afastar do Poder e cuja trajetória de sabujice, confirmada pela longevidade nos cargos, não respeita partidos nem projetos muito menos amizades, visando apenas à consecução de interesses, os mais abjetos e torpes.

Dizem que Witzel encarnou em muita gente na solenidade do Ponto de Cem Réis

Alguns, especialistas em pirotecnia, com pendores para ator de dramalhões, não se assustam com o ridículo – nem com o desprezo dos que lhe conhecem bem – arrastando para a exposição pública, autoridades e o próprio Governo com o intuito de demonstrarem força e prestígio à gang que lhes seguem e acompanham e que recolhe as migalhas dos assaltos que promovem ao dinheiro público, considerado as denúncias que infestam o noticiário cotidianamente.

Semelhantes ao governador do Rio, na conquista da Copa Libertadores pelo Flamengo, zanzam em meio a solenidades, organizadas com o objetivo de mostrarem força, mas sem encontrarem o apoio de antigamente, esbarrando em bloqueios montados para que não consigam engraxar as chuteiras do Poder destroçando o resto de dignidade que deviam preservar para voltar para casa.

Jean manteve-se distante e indiferente aos acenos de aproximação

A solenidade promovida no Ponto de Cem Réis, nesta terça-feira, quando o Governo gastou uma fábula para construir um espaço onde solenidades militares deviam ocorrer – e onde ocorriam até que a mentalidade oportunista e popularesca se impôs na corporação – não obteve o êxito programado, já que o clima polar despencou no palanque das autoridades, e aquelas lembranças de espionagem turvaram o ambiente comprovando que a presença de arapongas dentro do Governo está viva incomoda muito e terá consequências muito em breve.

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