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Em Alagoas, Ministério Público denuncia governador por arapongagem; na Paraíba silencio total, apesar das muitas matérias sobre aquisição de equipamentos pela Polícia Militar

O Ministério Público Federal não hesitou em denunciar o governador alagoano Renan Filho pela prática da escuta telefônica clandestina, os famosos grampos, através de órgãos da Secretaria de Segurança daquele estado como a Polícia Militar.

A prática não seria restrita aquele estado vizinho e aqui teria similar na Polícia Militar flagrada adquirindo equipamentos sofisticados, sem licitação e sem maiores explicações, já que a corporação tem por finalidade o policiamento preventivo e ostensivo.

O Ministério Público Federal de Alagoas pautou a denúncia, respaldado pela Constituição que não admite essa atividade em outros órgãos, que não a Polícia Federal e a Polícia Judiciária, o
que tornaria altamente suspeita a aquisição dos equipamentos, de quase meio milhão de reais, pelo Comando Geral da Policia Militar da Paraíba.

A arapongagem no estado já seria uma prática antiga desenvolvida principalmente nos Governos de Ricardo Coutinho, através do comando geral da PM. Áudios de conversas entre oficiais superiores da corporação já vazaram nas redes, onde eles declaram estar sendo espionados por colegas, sob a orientação do Comando Geral.

Jornalistas e autoridades do Judiciário e do próprio Governo também seriam alvos dessas escutas clandestinas, e a compra recente desses equipamentos provocou pronunciamento contundente do deputado estadual cabo Gilberto Silva, que quer saber a razão desse investimento, “quando se sabe das muitas deficiências da corporação”, salienta o deputado estranhando um requerimento seu para blindagem de viaturas, recusado sob o argumento de não haver recursos.

O deputado também argumenta que a Polícia Militar é uma instituição voltada para o policiamento ostensivo e preventivo não se justificando a aquisição de equipamentos de escuta a não ser que ele esteja sendo usado para fins escusos.

Em Alagoas, o MPF determinou que os equipamentos fossem destinados a órgãos constitucionalmente habilitados para tais atividades. Na Paraíba não se sabe o porquê da omissão do MP, já que a escuta foi comprovada a começar pela aquisição dos equipamentos como ficou demonstrado pelas diversas matérias a respeito, apesar do silêncio inexplicável das autoridades militares.

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